Dentre os diversos riscos presentes, os riscos físicos merecem atenção especial. Esses riscos envolvem diferentes formas de energia, como ruídos, temperaturas excessivas, vibrações, pressões anormais, radiações e umidade. Neste artigo, vamos explorar cada um desses riscos, seus impactos na saúde dos trabalhadores, as medidas de prevenção adequadas e como fazer o levantamento de riscos correto para o Programa de Gerenciamento de Riscos e demais programas de segurança.

Ruído

Dentre todos os riscos físicos, talvez o ruído seja o mais comum. As máquinas e equipamentos utilizados nas empresas podem gerar ruídos em níveis excessivos, o que pode causar sérios danos à saúde dos colaboradores. A exposição prolongada a altos níveis de ruído pode resultar em problemas imediatos ou graduais, dependendo do tempo de exposição, do nível sonoro e da sensibilidade individual. Alterações danosas como fadiga nervosa, perda de memória, irritabilidade e dificuldade de concentração podem ocorrer. Além disso, o ruído pode afetar o aparelho auditivo, levando à perda temporária ou permanente da audição.

Para evitar ou minimizar os danos causados pelo ruído no ambiente de trabalho, é necessário adotar medidas de proteção coletiva e individual. O enclausuramento das máquinas produtoras de ruído e o isolamento acústico são exemplos de medidas de proteção coletiva. Já o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs), como protetores auriculares, é uma medida complementar importante. Além disso, exames audiométricos periódicos, afastamento do local de trabalho e campanhas de conscientização são ações que podem contribuir para a redução dos danos causados pelo ruído.

Vibrações

As vibrações são outro risco físico presente em muitos ambientes de trabalho, especialmente em setores industriais. Podem afetar partes específicas do corpo, como mãos e braços, ou generalizadas, envolvendo todo o corpo. A exposição a vibrações pode levar a problemas neurovasculares nas mãos, lesões nas articulações e até mesmo osteoporose em casos mais graves.

Uma maneira eficaz de reduzir os impactos das vibrações é o revezamento dos trabalhadores expostos a esses riscos, limitando o tempo de exposição. Além disso, é importante investir em treinamentos para conscientizar os colaboradores sobre os perigos das vibrações e a importância do uso correto de equipamentos de proteção individual.

Radiações

As radiações são formas de energia transmitidas por ondas eletromagnéticas. Existem dois grupos principais de radiações: as ionizantes e as não ionizantes. As radiações ionizantes são aquelas que podem afetar o organismo e até mesmo se manifestar nos descendentes das pessoas expostas. Já as radiações não ionizantes, como as provenientes de fornos, soldas elétricas, raios laser e microondas, podem causar perturbações visuais, queimaduras e lesões na pele.

Para proteger os trabalhadores contra as radiações, é necessário adotar medidas de proteção coletiva, como isolamento e enclausuramento das fontes de radiação. Além disso, o fornecimento de equipamentos de proteção individual adequados ao risco, como aventais, luvas e óculos de proteção, é essencial. Para avaliar a saúde dos trabalhadores expostos a radiações é importante a realização de exames periódicos.

Temperaturas Extremas

As temperaturas extremas também representam um risco físico no ambiente de trabalho. O calor excessivo pode causar desidratação, erupções na pele, cãibras, fadiga física, distúrbios psiconeuróticos, problemas cardiocirculatórios e até insolação. Por outro lado, o frio intenso pode levar a feridas, rachaduras e necrose na pele, além de aumentar o risco de acidentes e doenças respiratórias.

Para controlar os efeitos nocivos das temperaturas extremas, medidas de proteção coletiva, como ventilação e isolamento das fontes de calor ou frio são de extrema importância. Além disso, o fornecimento de equipamentos de proteção individual, como aventais, botas e luvas especiais, é fundamental para proteger os trabalhadores expostos a temperaturas extremas.

Pressões Anormais

Determinadas atividades expõem os trabalhadores a pressões ambientais acima ou abaixo do normal, ou seja, da pressão atmosférica à qual estamos acostumados. As baixas pressões são raras no Brasil e ocorrem em trabalhos realizados em grandes altitudes. Já as altas pressões podem ocorrer em atividades como o trabalho em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração e mergulho.

A exposição a pressões anormais pode causar ruptura do tímpano, liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sanguíneos, e até mesmo levar à morte. Devido ao alto risco envolvido, atividades com pressões anormais exigem legislação específica.

Umidade

A exposição a ambientes alagados ou encharcados, com umidade excessiva, pode causar danos à saúde dos trabalhadores. A umidade pode resultar em doenças respiratórias, quedas, doenças de pele e circulatórias, entre outras. Portanto, é essencial realizar verificações nesses locais de trabalho para estudar a implantação de medidas de controle.

As medidas de proteção coletiva podem incluir modificações no processo de trabalho, como a colocação de estrados de madeira e ralos para escoamento. Já as medidas de proteção individual envolvem o fornecimento de EPIs adequados, como luvas de borracha, botas e aventais.

Nomenclatura para PGR

Como consultor técnico na elaboração de documentos de segurança, utilizo a antiga tabela 23 do esocial, versão 2.5, além dos anexos da Norma Regulamentadora 15.<Relação de riscos físicos aqui>

Não indico utilizar a codificação existente na tabela original, uma vez que pode causar confusão em relação aos agentes nocivos do eSocial. Se, por ventura, quiser a tabela original, com a codificação, solicita por email.

Fonte: https://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_fisicos.html